Queria ser um animal e conjugar o verbo "ser" no infinitivo. Três letras e um grande teorema. Há aqueles que abrem mão de conjugar verbos em primeira pessoa — para alguns, estes são loucos. Mas o que há de loucura em subordinar uma oração a um sujeito oculto? E não há, na própria língua, uma ideia de coletivo? Em francês, ser e estar correspondem unicamente ao verbo "Être". "Être" pode ser deslocamento — seja passado ou futuro. A palavra "poesia" é um verbo de passagem? Afinal, é em meio a rimas e metáforas que se deslocam os sentimentos, bons e maus. O que está se movendo em meio a essas palavras que lê? Me use como "auxiliar", visite presente e passado, descubra. Apenas digo: há loucura em manter a vida no singular, se tudo o que preciso conjugar é plural. Hiago Damaciano
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