Por do sol aguarda lá fora.
Para voar basta querer. Desbravando os céus, sempre com os pés no chão. Vão-se dias, os meses e anos, quando se vê, nascem os filhos, quando se pensa, crescem fios grisalhos na cabeça. Ora, passa-se tudo, restando o desejo de morrer entre as nuvens. Mas afinal, o que quer o poeta senão voar? Penso como basta apenas um tropeço para que se desfaça o nó e "tacharam"! Cá estou a fazer passos engraçados, todo desengonçado, dançando em "zigue-zague" sob o papel. Diga-me então, o que seria o poeta se não fosse criança? Sempre a brincar, velejando seu barquinho de papel numa maré de emoções, transformando em choro o riso que há quando se percebe estar no céu dos apaixonados. Ahhh o céu dos apaixonados, há tempos que não passeio por lá! Pois bem, eis ai o que quero! Voar, voar e voar, brincando em meia crianças que se aventuram em voar. Hiago Damaciano